Metodologia Ágil na engenharia: futuro do Design de Produto

A Metodologia Ágil foi mencionada pela primeira vez na publicação de um artigo intitulado “Gerenciando o desenvolvimento de Grandes Sistemas de Software”, escrito por Dr. Winston Royce, em 1970. A principal crítica dessa ideia estava centrada no modelo sequencial de linha de produção, que impedia ganhos na produtividade da criação de software. Desde então, a Metodologia Ágil se expandiu para diversas áreas e uma delas é a engenharia.

Hoje em dia, muitos gestores, designers e diretores enxergam na Metodologia Ágil o futuro do Design de Produto, visto que tecnologias como a impressão 3D tem impactado positivamente o modelo tradicional de produção sequencial.

Nesse artigo, você vai entender mais sobre essa Metodologia Ágil na engenharia, como ela funciona, suas vantagens e descubra por que ela é o futuro do Design de Produto. Confira!

Quais são os elementos da Metodologia Ágil?

Desenvolvimento incremental

Nos modelos tradicionais de produção, uma etapa só se inicia quando a anterior está concluída. Já no desenvolvimento incremental, várias tarefas e etapas da produção são desenvolvidas em paralelo e são integradas às outras assim que completas. Nesse processo integrativo, todas as partes poderão elaborar ações conjuntas para melhorias mútuas.

O desenvolvimento incremental, portanto, contrapõe-se ao modelo de cascata – em que uma etapa causa do desenvolvimento da próxima – e ao modelo interativo – no qual a execução de tarefas em paralelo não é recomendada.

Desenvolvimento iterativo

Já o desenvolvimento iterativo é uma estratégia de planejamento do retrabalho, no qual é definido, de antemão, o tempo gasto em revisões e melhorias das partes do sistema de produção.

No modelo tradicional, para refinar um produto, há um ciclo de testes e retornos, ou seja, a revisão é sempre feita diante de alguma falha no conceito inicial. É um modelo contencioso, que reage diante de reações negativas dos clientes. Já, na Metodologia Ágil, os feedbacks são colhidos a todo o tempo, independentemente do surgimento de alguma questão ou não.

Iterações

Além disso, na Engenharia Ágil, as revisões são feitas por meio de iterações, ou seja, ao invés de o próximo autor do processo verificar os erros existentes, o autor atual repete cuidadosamente o processo de forma a entregar um produto otimizado para o próximo.

Esse, por sua vez, deverá realizar outra iteração, na qual ele também testa o conceito do produto que lhe foi entregue. No entanto, ele deverá olhar através do ponto de vista da sua área. Ou seja, quando um Designer entregar um produto a um Engenheiro, este não deverá avaliar o Design de Produto, e sim a viabilidade diante de questões técnicas.

Clientes internos

Por isso, no Ágil é essencial o conceito de clientes internos. Como os processos são iterativos e executados em paralelo, é necessário que cada equipe pense na outra como um cliente. Ou seja, um projeto estabelece diversos subsistemas, que prestam serviços um aos outros e que devem pensar em todas as estratégias para conquistarem uns aos outros.  

Riscos Intrínsecos

Isso é importante, porque, por mais que todos tenham sido meticulosos no desenvolvimento do projeto, provavelmente, ainda haverá falhas em relação a seus principais requisitos.

Se elas são descobertas tardiamente, as etapas seguintes certamente foram comprometidas, pois estão trabalhando em cima de um conceito ou cálculos incorretos. Isso pode gerar um aumento de custos e, inclusive, o cancelamento de um projeto.

Portanto, quanto mais cedo forem identificados riscos no ciclo de vida de um projeto, mais correto será o seu planejamento. A imprevisibilidade existe, sim, mas você sempre deverá ter planos para, agilmente, conter os danos.

Quais são as diferenças entre as Metodologias Tradicionais e a Metodologia Ágil?

A Formlabs, empresa especializada em soluções de inovação em Design, fez uma tabela comparando as metodologias tradicionais e a metodologia ágil em um processo de produção de capas para iPhone, confira:

Tabela engenharia ágil

Por que as impressoras 3D são essenciais para o futuro do Design de Produto?

As impressoras 3D permitem uma nova cultura dentro das empresas, o que fornece um ambiente propício para a as práticas ágeis. O modelo tradicional é muito centrado nas ideias. Ou seja, às vezes, uma abordagem mais prática é abandonada. Perde-se muito tempo discutindo conceitos abstratos e, inevitavelmente, surge um conflito de egos dentro da equipe.

As impressoras 3D trazem uma abordagem prática. Se algum autor do processo tiver uma ideia, ele pode imprimir um protótipo e defendê-lo. A metodologia ágil é, portanto, centrada no produto. Se o protótipo passa por vários testes de conceito e é redesenhado para se adequar melhor às propostas da empresa, ele irá, sim, para o mercado. Sem a impressão 3D, há múltiplas reuniões, que são um empecilho para a produtividade da empresa.

O futuro do Design do Produto, certamente, está na metodologia ágil. Frequentemente, empresas perdem oportunidades incríveis, pois, com longos processos de execução de projetos, elas acabam lançando um produto quando a necessidade de seu cliente já se esgotou ou quando um concorrente já foi capaz de supri-la. Para sair na frente da concorrência é essencial adotar práticas mais modernas e ágeis, que lançam mão de toda a tecnologia para otimizar seus processos internos!

Ainda ficou com alguma dúvida a respeito da Metodologia Ágil na engenharia e como ela traz um novo futuro do Design de Produto? Comente aqui no nosso post!

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